Entravamos na década de 50 e Erich Strenger e Richard Frankenberg pensaram que seria interessante poderem criar uma publicação para todos os seus amigos que se identificavam com a casa Porsche. Desenvolveram o Projecto Christophorus – uma revista para os amigos da casa Porsche (zeitschrift fur die freunde des hauses porsche). O nome provém do S. Cristóvão, o Santo protector dos condutores. Para além das revistas, é lançada uma colecção anual de calendários. Os calendários, propriamente ditos não ganharam fama por aí e além. Talvez por serem perecíveis. Porém, cada um destes calendários anuais, traziam uma moedinha de bronze agarrada. Uma moedinha alusiva ao ano e à Porsche. Ou a um modelo específico da Porsche. E as moedas da Christophorus tornaram-se 100% coleccionáveis. E, à medida que o tempo passa, a sua procura e o seu valor aumenta. A primeira moeda apareceu em 1962 e a primeira série de série de moedas compreendeu o período de 1962-1973. A segunda série arrancou ainda na mésma década de 70. A primeira série incluiu ainda duas moedas oversize: uma da francesa Sonauto e outra comemorativa do 300.000 Porsche 944.
A revista Christophorus teve tanta excelência que, desde início fica patrocinada oficialmente pela Porsche e ainda hoje existe como revista oficial da marca. Ora, isto veio-nos criar um sério problema. É que, aproveitando a criação da colecção de moedas que vinham literalmente agarradas aos Calendários, a Porsche utilizou os moldes para, paralelamente, encetar várias produções “especiais”. E a partir daqui a história deixou de ser contada. É que a Porsche AG, cunhou moedas em metais preciosos para ofertar a todos aqueles que se destacaram em prol da marca ou que tiveram um contributo excepcional para com a casa Porsche. E claro, estas distinções eram criteriosamente seleccionadas em Estugarda e tanto podiam recair nos Clientes de excepção, numa personalidade pública, num piloto que arrecadou vitórias em corridas, etc. Algumas das caixas continham a inscrição “zur erinnerung an die gemeinsamen porsche jahre” que significa mais ou menos: “em memória dos comuns anos da Porsche”.
Segundo eu (hehehe isto é uma piada), as moedas da Christophorus foram divididas desta forma:
CHRISTOPHORUS
1 – Moedas em cobre oferecidas individualmente com os calendários – disponíveis para o público em geral.
PORSCHE AG
2 – As mesmas moedas em cobre, mas oferecidas em SET de Colecção – destinadas aos denominados “CLIENTES EXTRAORDINÁRIOS”.
3 – As mesmas moedas mas em Prata, oferecidas individualmente.
4 – As mesmas moedas em Prata, mas oferecidas em SET de Colecção. – destinadas “A TODOS OS QUE TIVERAM UM CONTRIBUTO EXTRAORDINÁRIO PARA COM A MARCA PORSCHE”.
5 – As mesmas moedas mas em Ouro, oferecidas individualmente.
Já ouvi falar na possibilidade de existir um SET em ouro. Para ser sincero nunca vi. Acho difícil porque atingiria um valor incalculável. Em última instância, só imaginaria a receber um SET em ouro alguns membros da Família Porsche, um Chairman do Supervisory Board ou um Chief Executive Officer na reforma.
As moedas de cobre são baratas quando compradas individualmente. A colecção completa das moedas de bronze, poderá chegar aos 2.000,00/2.500,00 €. A partir daqui não me atrevo a dar ou a publicar valores, apesar de os conhecer.
Foto 1:
Foto 2: Os calendários com as moedinhas agarradas:
Foto 3: A primeira moeda: o S. Cristóvão, 1962:
Foto 4: A segunda moeda: Ferdinand Porsche,1963:
Foto 5: A terceira moeda: o Lohner e o escudo, 1964:
Foto 6:
Foto 7: A cerimónia das entregas aos clientes “especiais”. Será que é por terem turbante?
Foto 8:
Foto 9: A pasta para a colocação de todas as moedas da Colecção e o único livrinho que existe dedicado a este tema:
Foto 10: O set de Bronze:
Foto 11: O set de Prata:
Foto 12:
Foto 13:
Foto 14: Uma moeda de ouro: no caso a de 1967: